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Ficar um mês ou dois sem praticar exercícios físicos regularmente pode não ser tão bom para você. Um novo estudo mostra que quando os músculos fazem uma pausa, eles mantêm muito pouca memória muscular do exercício anteriormente praticado.

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O objetivo do novo estudo, publicado na revista PLOS Genetics, foi obter uma melhor compreensão de como o exercício influencia o corpo em um nível genético. O exercício físico traz uma série de benefícios para o corpo, da saúde do cérebro a uma capacidade maior de combater infecções. Mas como o exercício se traduz em mudanças na atividade genética é mais desconhecido.

No relatório, 23 pessoas treinaram uma de suas pernas durante três meses num aparelho que simulava uma espécie de pedalada, 60 vezes por minuto durante 45 minutos. Eles praticaram este treino quatro vezes por semana durante três meses. Depois disso, os participantes pararam de se exercitar por nove meses.

Os autores do estudo fizeram biópsias do músculo esquelético de ambas as pernas dos praticantes antes e depois da prática, e descobriram que as células dos músculos expressavam mais de 3.000 genes de diferentes maneiras depois que uma pessoa se exercita.

No entanto, após o tempo de inatividade, os cientistas não puderem detectar quaisquer alterações genéticas relacionadas aos exercícios entre as pernas treinadas e não-treinadas dos participantes.

“Nós não pudemos ver qualquer diferença no nível de atividade dos genes”, diz o autor do estudo Malene Lindholm do Karolinska Institutet, na Suécia. “A maioria dos efeitos são perdidos um mês ou dois depois de nenhum treinamento.”

Depois disso, 12 participantes do estudo voltaram a treinar ambas as pernas. Quando os investigadores compararam as biópsias das duas pernas treinadas, mais uma vez foram percebidas alterações na actividade genética, mas a perna que tinha sido treinada nove meses antes era praticamente a mesma que a perna recém-treinada. “Nós encontramos algumas diferenças na resposta, mas não substanciais o suficiente para demonstrar algum tipo de memória muscular”, diz Lindholm.

Lindholm diz que o estudo poderia ser interpretado de duas maneiras. Ele destaca o fato de que o exercício pode estimular mudanças biológicas saudáveis, e que se manter ativo é importante para garantir que essas mudanças saudáveis sejam sustentadas.

Por outro lado, ele diz que os resultados podem ser encorajadores para as pessoas que são sedentárias. Ele sugere que elas podem alcançar os mesmos benefícios dos exercícios como qualquer outra pessoa. “O estudo poderia ser usado como incentivo positivo”, diz Lindholm. “Nunca é tarde demais para começar a treinar a partir desta perspectiva.”

via MundoBoaForma.com.br