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Diversas pesquisas científicas listam cada vez mais benefícios do yoga. A prática ajuda as pessoas a relaxar diminuindo sua frequência cardíaca, o que é ótimo para os com pressão alta; aumenta a flexibilidade e força, trazendo alívio para quem sofre de dor nas costas; combate a depressão, alimentando bom humor e disposição, dentre outras coisas.

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Agora, no maior estudo de yoga que usou medidas biológicas para avaliar seus resultados, mais uma vantagem incrível das saudações ao sol e poses meditativas foi encontrada: elas podem reduzir a inflamação no corpo, a maneira com que o organismo reage a uma lesão ou irritação.

Reduzir a inflamação, por sua vez, leva a uma grande melhora na saúde, pois a reação está associada a doenças crônicas, incluindo doenças cardíacas, diabetes e artrite. É também uma das razões pelas quais sobreviventes de câncer geralmente sentem fadiga durante meses ou anos após o tratamento.

O estudo

A pesquisa foi conduzida por Janice Kiecolt-Glaser, professora de psiquiatria e psicologia na Universidade Estadual de Ohio (EUA), e publicada na revista Journal of Clinical Oncology.

200 sobreviventes de câncer de mama que não haviam praticado yoga antes participaram do estudo. Metade do grupo continuou a ignorar o yoga, enquanto a outra metade recebeu aulas de 90 minutos duas vezes por semana durante 12 semanas, com DVDs para levar para casa incentivando-os a praticar mais.

O grupo que praticou yoga relatou menos fadiga e níveis mais altos de vitalidade três meses após o fim do tratamento.

E o estudo não confiou apenas nos autorrelatos das pessoas. O marido de Kiecolt-Glaser e seu parceiro de pesquisa, Ronald Glaser, do departamento de virologia molecular, imunologia e genética médica da Universidade, analisou exames de sangue dos participantes do estudo em busca de três citoquinas, proteínas que são sinais de inflamação.

Os exames de sangue antes e depois do estudo mostraram que, após três meses de prática de yoga, todos os três marcadores para inflamação haviam diminuído em 10 a 15%. Essa é uma evidência biológica rara dos benefícios da prática em um grande estudo que foi além dos próprios relatos de como as pessoas se sentiram.

Ninguém sabe exatamente como o yoga pode reduzir a inflamação em sobreviventes de câncer de mama, mas Kiecolt-Glaser têm algumas teorias. Por exemplo, o tratamento do câncer muitas vezes deixa os pacientes com altos níveis de estresse e fadiga, e com incapacidade de dormir bem. “Sono ruim alimenta o cansaço e a fadiga, que por sua vez incentiva a inflamação. Ao mesmo tempo, observa-se que o yoga reduz o estresse e ajuda as pessoas a dormir melhor”, sugere.

Outros estudos menores também já haviam mostrado, através da medição de marcadores biológicos, que praticantes antigos de yoga têm respostas inflamatórias inferiores ao estresse do que praticantes de yoga novatos, que o yoga reduz a inflamação em pacientes com insuficiência cardíaca, e que a prática pode melhorar os níveis cruciais de glicose e insulina em pacientes com diabetes.

Mais evidências

Viver na pobreza também é um fator de estresse. Maryanna Klatt, professora de medicina na Universidade Estadual de Ohio, deu aula de yoga para crianças desfavorecidas. Na sua pesquisa que ainda não foi publicada, ela descobriu que 160 alunos da terceira série em áreas de baixa renda que praticavam yoga com um professor experiente disseram ver melhorias em sua atenção.

Seria muito complicado e invasivo medir as respostas biológicas a yoga em crianças, mas Klatt fez uma experiência semelhante em enfermeiros cirúrgicos, que estão sob o estresse diário de assistir o sofrimento e a morte, e encontrou uma redução de 40% em uma medida biológica da resposta ao estresse nos voluntários. NatGeo

via Hypescience

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